Coulthard compara Doohan a Schumacher e lamenta “falta de chance a jovens” na F1

A decisão de Jack Doohan de deixar a Fórmula 2 ao final da temporada 2023 surpreendeu bastante, mas chama ainda mais atenção a recente dificuldade que pilotos que estão na classe têm de chegar à Fórmula 1. Para David Coulthard, por exemplo, é uma pena que o australiano não tenha tido oportunidade, pois entende que o jovem é um dos melhores de sua geração “ao estilo Michael Schumacher“.

Doohan estreou na F2 ainda na temporada 2021, quando correu as últimas etapas pela MP. Tornou-se titular na Virtuosi, em 2022, para o primeiro ano completo e impressionou ao longo do ano, com direito a três pódios e três vitórias, além do sexto lugar. A expectativa era brigar pelo título neste 2023, algo que não se concretizou: terminou em terceiro, apesar da boa exibição na reta final.

O filho de Mick Doohan, pentacampeão das 500cc (atual MotoGP), viu que talvez a F2 não fosse o caminho “mais realista” por entender que já havia “tirado o máximo” da série. E mesmo com a chance de competir no WEC pela Alpine — equipe da qual faz parte como reserva e membro da academia —, preferiu dizer ‘não’ e ficar, por ora, longe das competições em 2024.

Em participação no podcast Formula For Success, Coulthard, que competiu contra Schumacher nos anos 1990 e 2000 na F1, comentou a situação. “Me perguntaram muito sobre os pilotos da Fórmula 2 que acho que podem chegar à Fórmula 1, mas tenho de ser sincero, não acompanhei a categoria de perto este ano. Estou de olho em Jack Doohan, pois seu pai, Mick Doohan, grande campeão de motociclismo, era alguém com quem treinava”, revelou.

“O filho dele, Jack, faz parte da Academia da Alpine, é piloto de testes e reserva e sei que está em boa forma. Esse menino é um animal, ao estilo Michael Schumacher. Seria ótimo vê-lo despontar, mas hoje não há oportunidades suficientes para os pilotos mais jovens”, lamentou.

Doohan vai focar no trabalho interno com a Alpine, realizando testes privados ao volante da A522, carro já dentro das especificações que são usadas atualmente na F1, com o efeito-solo. Em sua passagem na F2, foram seis vitórias e outros cinco pódios.

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